Você sabia que caminhões a diesel são obrigados por lei a rodar com um produto que ajuda a reduzir a poluição do ar? Trata-se do Arla 32, um reagente essencial no sistema de pós-tratamento dos motores pesados. O não uso do produto ou a utilização de versões adulteradas pode resultar não apenas em danos mecânicos, mas também em enquadramento por crime ambiental.
O grande problema é que, muitas vezes, o próprio motorista não tem consciência de que o produto que está no tanque não é original. “Nem sempre o motorista sabe que o Arla está adulterado. Em alguns casos, ele só descobre quando o painel sinaliza, quando o motor perde potência ou em fiscalizações como esta”, explica uma repórter que acompanhava uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Durante a ação, os policiais retiraram o líquido do tanque com uma seringa e armazenaram em um frasco. O material foi levado à viatura, onde passou pelo chamado teste de cor, exame preliminar capaz de indicar se o reagente segue os padrões. “Agora, o teste de cor é aqui, ó. Como ele está transparente, quase, ele está aprovado”, explicou um agente da PRF.
Apesar do resultado positivo nesse caso, a prática de adulteração continua sendo um desafio no setor. Empresas que compram de fornecedores sem procedência correm riscos sérios. “Todos esses, tanto postos de gasolina quanto transportadoras ou mesmo proprietários individuais, compram de alguém. Muitas vezes, de boa-fé, acabam recebendo um Arla adulterado”, alertou um especialista ouvido pela reportagem.
O episódio reforça a importância da fiscalização constante e da compra responsável. Além de evitar prejuízos mecânicos, o uso do ARLA32 correto protege o meio ambiente e garante que transportadores e empresas fiquem em conformidade com a lei.





